22 de mar. de 2010

LUTO



A CUFA (Central Única das Favelas) de Sinop, esta de luto pelo grande nome do rap brasileiro feminino, a rapper Dina Di.


A rapper conheceu o hip hop aos 16 anos e escondida em roupas largas e bonés, apresentou as primeiras rimas, sempre defedendo o universo feminino, foi a primeira grande representante feminina na história das rimas no Brasil.


Membro fundadora do grupo Visão de Rua, conquistou o respeito dos MCs e, por isso, circulava livremente nas festas e shows do gênero.


Protagonizou grandes momentos na história do Rap brasileiro, com letras brilhantes, entre elas,“Meu Filho, Minhas Regras”, onde narrava brilhantemente sua relação de amor com seu filho.


Outra composição marcante foi a acústica “Marcas da Adolescência”, sobre seus problemas e vitórias vividas na fase de adolescente. Aos que tiverem oportunidade, ouçam estas duas referências compostas pela eterna Dina Di.


A guerreira do rap nacional não está mais entre nós. Dina Di morreu na madrugada deste sábado (20), vítima de uma infecção generalizada. A rapper contratiu uma infecção hospitalar, no início de março, enquanto dava a luz a sua filha. A infecção aumentou e levou nossa guerreira.


Aqui na Terra é uma grande perda, para os fás, para a família, para os amigos. Mas, esteja onde estiver, ela vai estar sempre cantando e encantando com seus versos.


Por Lívia Kriukas

Um comentário:

Pablo Treuffar disse...

ADRIANO O FAVELADO
num país de oligopólios

Vagner Love foi filmado
Escoltado por armados
Adriano indiciado
Deu motoca ao celerado
Os dois sendo acusados
De apologia aos drogados
Adriano é alcoólatra
Vagner Love é viciado
Rotulados como monstros
Pelo crivo enviado
Por jornalistas intencionados
Em mostrar o favelado
Como lixo condenado
Na favela o operário
É tratado como otário
Espancado por PMs
Todos mancomunados
Com os políticos desalmados
Os nunca açoitados
Cheirando o pó dos criticados
Já Adriano
O favelado
Pode vender cerveja pra todo coronelado
No horário nobre consagrado
Isso tá liberado
Ai de ele beber
Será esculachado
Pelo consumidor
Do produto anunciado
Adriano
Vira logo
Mau exemplo pras crianças do outro lado
É taxado de xinxeiro embriagado
Moralmente açoutado
O trabalhador mora no morro
Isso não é noticiado
Quem é cria da favela
Sabe que isso pouco importa
O Bope sobe armado
Morre preto favelado
É tiro pra todo lado
Como pode o Adriano
Frequentar esse cercado
Morando na favela
Tu é trafica
É fajardo
Não tem carteira de trabalho que prove que ao contrário
Na favela mora o povo
O proletariado
Essa gente que sustenta esse país desnivelado
Fico muito preocupado
Com valores deturpados
Por uma mídia pardieiro
Que legitima o congresso
E condena o empregado
Pro meu filho eu vou dizer
Que exemplo é o Adriano
Que não nega a favela
Um lugar de povo amado
Que devia ser lembrado
Com muito mais cuidado
E não associado à meia dúzia de armados
Sem oportunidade por culpa do Estado
Que culpa o favelado pelos seus próprios pecados
Num país de oligopólios
Todo predestinado
Pro rico ficar rico e negar o favelado
Eu prefiro Vagner Love no baile funk amado por tantos outros favelados

Pablo Treuffar

http://pablotreuffar.blogspot.com/2009/08/adriano-o-favelado.html