25 de mai. de 2010

NOTA

Central Única das Favelas

Conselho Nacional

15 de maio de 2010


Na última quinta-feira, 14, a CUFA tomou conhecimento que um cidadão morador de Carapicuiba, vem se apresentando como “presidente” da Central Única das Favelas desta cidade, com práticas totalmente opostas às adotadas pela CUFA. O Conselho Nacional desta organização declara que não existe base oficial de trabalho da CUFA na cidade de Carapicuiba no Estado de São Paulo.

As bases oficiais da cufa estão apresentadas no seu sitio virtual www.cufa.org.br , e as mesmas podem ser visitadas em seus devidos endereços para confirmação dos trabalhos e veracidades das ações desenvolvidas.

Dessa forma, declaramos falso e com nenhuma ligação com esta organização o email enviado por esse senhor. com o assunto “diga não ao netinho de paula no senado federal” enviado em 12 de maio de 2010 na rede virtual militantespoliticos@yahoo.com.br.

A CUFA não participa de campanhas partidárias e tão pouco promove campanhas de apoio ou rejeição a qualquer candidato. Afirmamos que a partir deste momento estamos entrando com medidas judiciais cabíveis em relação a esse fato.

Aproveitamos para reforçar o respeito e amizade que temos para com o Vereador Netinho de Paula, lembrando que qualquer candidatura de um (uma) afrobrasileiro (a) é motivo de orgulho para esta organização da qual desenvolve ações para que a igualdade no campo social, politico e econômico seja de fato um cotidiano brasileiro.



ATENCIOSAMENTE,


CONSELHO NACIONAL DA CUFA BRASIL

21 de mai. de 2010

Projeto Pixaim questiona padrões de beleza e incentiva a aceitação do cabelo “ruim”

Coordenadora do projeto critica o modelo estético hegemônico e acredita que ele estimula o preconceito racial
Reportagem LEDA SAMARA
Edição NATASHA ROMANZOTI
CUFA-MT
Oficinas de leitura e bate-papo são algumas das  ações do projeto
Oficinas de leitura e bate-papo são algumas das ações do projeto
CUFA-MT
Oficinas de trança permitem as mulheres aceiterem  seu cabelo e gerar renda
Oficinas de trança permitem as mulheres aceiterem seu cabelo e gerar renda
CUFA-MT
Além do cabelo, outros aspectos da cultura afro,  como o hip hop, são valorizados
Além do cabelo, outros aspectos da cultura afro, como o hip hop, são valorizados

Nas capas de revista, nos programas de televisão, nas passarelas, desfilam as mulheres mais “belas” do país. Os padrões estéticos atuais determinam o que uma mulher precisa para ser bonita e estampam nas revistas de moda os exemplos a serem seguidos. Para a mulher da “vida real”, a obsessão por perder alguns quilinhos ou por deixar o cabelo impecavelmente liso faz parte da rotina. Mas por que essa busca incessante? Por que é tão difícil se aceitar?

O Projeto Pixaim, realizado pela sede mato-grossense da Central Única das Favelas – CUFA –, trabalha justamente com o questionamento dos padrões de beleza atuais, incentivando a aceitação do cabelo das mulheres negras. A CUFA é uma organização reconhecida internacionalmente, presente em todos estados brasileiros e em alguns países latino-americanos e europeus. A entidade visa desenvolver ações sociais para integrar a população da periferia, em sua maioria formada por pessoas negras. Em entrevista ao Jornal Comunicação, a coordenadora de projetos da CUFA-MT, Neusa Baptista, fala sobre o Pixaim.

Jornal Comunicação: Qual é o padrão de beleza atual e de que forma ele fomenta o preconceito?

Neusa Baptista: No Brasil, as classificações de raça passam pela cor da pele e pela textura do cabelo. É a aparência, e não a origem, que conta. Embora mais da metade da população se declare negra, ainda não vemos o negro como padrão de beleza. Xuxa, Gisele Bundchen, Angelina Jolie e outras beldades brancas são sempre lembradas quando se fala de modelos de beleza. Nas passarelas, as brancas se destacam, assim como nas revistas de moda e até mesmo entre as bonecas infantis. Embora hoje já se discuta uma volta ao padrão natural de beleza (algumas celebridades estão preferindo serem fotografadas ao natural e está em discussão uma lei que obriga as agências de publicidade a informarem o leitor quando for utilizado o Photoshop nas fotografias), ainda há um padrão de beleza e ele é o branco. Com certeza, esse padrão alimenta o preconceito contra todos que estão fora dele; para os homens e mulheres negros, alimenta ainda o preconceito racial, uma vez que a estética negra não está contemplada como modelo de beleza.

Comunicação: Qual a importância em discutir a aceitação do cabelo "pixaim"?

Neusa: O cabelo crespo é uma das marcas da estética negra e, ao lado da cor da pele, está no topo dos itens utilizados para classificar uma pessoa como negra ou outras gradações de cor (morena, chocolate, mulata etc). Para responder ao apelo estético pelo padrão branco – o cabelo liso – muitas mulheres negras agridem seu corpo com o uso de fórmulas de alisamento à base de produtos cáusticos, que degradam o cabelo e o couro cabeludo, e agem negativamente sobre a auto imagem da mulher. O cabelo liso ainda é o ideal de muitas negras, e o crespo é visto como ‘problemático’, ‘ruim’, ‘inadequado’, necessitando de algum tipo de modificação para ser aceito socialmente. A importância está justamente em contrapor este tipo de pensamento, trazendo para as mulheres opções que valorizem o cabelo e a cultura negra.

Assumir a identidade é importante em qualquer situação. Acho que não dá para ser feliz sem isso! Para as mulheres negras, usar uma trança muitas vezes é parte disso. Mas eu sempre digo que é um processo demorado, às vezes leva a vida toda. Pois a cada vez que se assume essa identidade afro, tem que lidar com uma carga maior de preconceito.

Comunicação: Que atividades o projeto oferece as participantes?

Neusa: Hoje está acontecendo a Caravana Pixaim. Vamos visitar 30 municípios do interior, com apresentações teatrais da peça “Cabelo Ruim”, em parceria com o Grupo Teatral Tibanaré. Também faremos o lançamento e doação do livro “Cabelo Ruim?” às escolas, e oficinas de tranças afro.

Além disso, o Projeto Pixaim é, desde o ano passado, um Ponto de Cultura, que tem suas atividades realizadas no Centro Esportivo e Cultural da CUFA-MT, em Cuiabá. Atualmente, oferece oficinas de tranças afro e bonecas negras voltadas às mulheres da comunidade do bairro. Também está montado um telecentro, um cantinho de leitura infantil e um ateliê de costura, que vai ser o ponto de produção das mulheres formadas na oficina de bonecas negras.

Comunicação: De que maneira o projeto contribuiu para a aceitação da identidade negra?

Neusa: O Projeto Pixaim trabalha os eixos da auto aceitação, valorização da estética negra e de incentivo ao empreendedorismo. Temos visto entre as mulheres atendidas que isso age de duas formas: primeiro pela formação crítica que é recebida nas oficinas, por meio de bate-papos sobre temas como a identidade, beleza, o empreendedorismo, autoestima, relação de gênero; segundo, pela aquisição de um novo conhecimento (em tranças ou bonecas) que permite que elas possam dar início a uma nova etapa em suas vidas, gerando renda e também se integrando às ações do Projeto, atuando no Salão de Beleza Comunitário ou o Ateliê Comunitário. Acredito que isso contribui não somente para a aceitação da identidade afro da mulher, mas também de sua identidade enquanto moradora da periferia, valorizando a ambas.

Comunicação: Que outros aspectos da cultura afro devem ser valorizados para fortalecer essa identidade?

Neusa: A CUFA realiza projetos que valorizam uma gama de aspectos da cultura negra, na música, no esporte, no artesanato, no grafite, na estética. Eu vejo este trabalho como uma valorização da realidade do negro urbano, da cultura dos guetos. Com isso, se fortalece a identidade. Muitos jovens se encontram, se redescobrem como dançarinos, grafiteiros, rappers ou até mesmo como lideranças comunitárias a partir da intervenção do trabalho da CUFA.

Comunicação: Você acha que o projeto faz os participantes mudarem suas concepções e questionarem os valores estéticos hegemônicos?

Neusa: É o que esperamos que aconteça. Mudar concepções é um desafio, e depende muito da própria pessoa. O que estimulamos é que pelo menos se crie o questionamento destes padrões. Aí, haverá espaço para mudanças.

Nós da CUFA sentimos que conseguimos transmitir a estas mulheres algumas questões, tais como: existe mesmo padrão de beleza? Qual é ele? Em que eu me enquadro? Quais as dificuldades para quem não se enquadra? Por que a estética negra não é valorizada? Elas percebem que as oficinas do Projeto Pixaim não são como as outras, têm um quê a mais, tanto no conteúdo como na forma, pois valorizamos o saber que a mulher traz, tudo é ensinado na base do bate-papo, da informalidade. Acho que isso as atrai e as estimula.

14 de mai. de 2010

CUFA VISITA COMUNIDADES POPULARES DE SINOP

Com intuito de otimizar o Projeto eleições 2010 CUFA, a CUFA (Central Única das Favelas) de Sinop estará visitando as principais comunidades populares do município de Sinop, a fim de levantar demandas ouvindo moradores e lideranças comunitárias.

O projeto teve inicio no ultimo dia 10 de maio com a vista do Coordenador da CUFA Anderson Maciel, acompanhado de voluntários da CUFA Sinop no bairro Jardim do Ouro.

Direcionados pela líder da Pastoral da Criança do Jardim do Ouro, Sra. Anja Maria, a equipe da CUFA visitou todo o bairro, dialogando com dezenas de moradores e conhecendo a creche informal criada pela Pastoral da Criança em parceria com a Igreja Católica da região.

Diante de tudo que foi exposto e visto, resumidamente as principais reinvindicações das comunidades vão à área de asfalto, creche no bairro, atividades de formação e capacitação profissional, investimentos em atividades recreativas e de formações culturais e educacionais.

No próximo dia 23 de maio (domingo) a CUFA Sinop através do Ponto de Cultura Juventude Sinopense Ativa estará em forma de parceria com os organizadores do 4º Arrancadão de Sinop, no objetivo de arrecadar alimentos não perecíveis, das 7:00hrs se estendendo ate as 18:00hrs, na Av. dos Flamboyants no bairro Jd. Botânico em frente ao Viveiro de Mudas Municipal.

Todos os alimentos arrecadados serão distribuídos (com data a ser confirmada) às famílias cadastradas da Pastoral da Criança junto a Igreja Católica do Bairro Jardim do Ouro.

11 de mai. de 2010

Entrevista Preto Zezé

Fortaleza além de conhecida por suas maravilhosas praias, também é palco de muito rap na voz de Francisco José Pereira, mais conhecido como rapper Preto Zezé.

Um guerreiro que milita nos palcos e principalmente fora deles há nada mais nada menos que 19 anos. Zezé faz parte do grupo Comunidade da Rima no Ceará que é Formado por W-Man, Preto Zeze, Ligado (vocais e compositores) e Dj Doido nos tocas discos e na produção musical.

Pelo seu trabalho empenhado na CUFA ao lado de MV Bill e Celso Athaide, Zezé já merece um troféu, mas a vida de Preto Zezé vai muito além, nesta terça (11) as 19hrs ele lança o documentário “Selva de Pedra, a Fortaleza Noiada” CUFA CE na FIESP, Entrada Franca.

Imperdível !!!!


E por isso e muito mais que Zezé é um dos grandes guerreiros do Hip Hop Cearense participando de nossa entrevista da Frente Brasileira de Hip Hop.


FBHH: Há quantos anos você esta no movimento hip hop como rapper?

Preto Zezé: Desde 1991.

FBHH: Durante todos esses anos dentro do movimento, o que mudou sua visão que no começo você tinha e agora vê de outra forma?

Preto Zezé: É que o Hip Hop foi muito importante no primeiro momento, para dar identidade, referência, conhecimento, mas ficou ai. As coisas mudaram, o mundo mudou e o Hip Hop não conseguiu acompanhar essas mudanças, sendo assim na CUFA, tivemos que ressignificar o Hip Hop, para não cairmos no Hip Hopismo e padecer do mesmo mal. Assim entendemos a importância do Hip Hop em quanto a linguagem é fio condutor para outras janelas e não um fim em si próprio!

FBHH: O movimento hip hop esta bom do jeito que esta ou precisa melhorar?

Preto Zezé: Não vejo movimento, vejo pessoas se manifestando de forma espontânea, mas ele deixa muito a desejar no sentido de inserir as mulheres, de poder ser uma referencia para uma geração que chega agora e não tem mais acesso àqueles discursos e conteúdo que o Hip Hop da primeira geração tinha que originou os Zezé, os MV Bill e tantos outros. Ou refazemos esse conceito ou estaremos fadados ao fracasso!

FBHH: Como conheceu a Cufa e acabou fazendo parte dessa grande rede?

Preto Zezé: O Celso me encontro lavando carros, achou que eu tinha um potencial camuflado atrás da revolta contra o sistema, fruto de uma formação que já tinha antes da CUFA, uma militância social, daí percebendo isso ele me convidou, temos sete anos de CUFA, um de nome seis na legalidade juridicamente constituída.

FBHH: Além de rapper, compositor, autor e coordenador da Cufa-CE no que mais atua?

Preto Zezé: Eita! Já é coisa o bastante, mas hoje sou consultor nas área da juventude cultural e segurança pública, faço parte do conselho social do MERCOSUL e ainda quando da tempo sou locutor de radio! Sem fala que agora estou me aventurando na produção musical, preparando para produzir alguns instrumentais para o grupo Gangsta G.

FBHH: Sabemos que o crack é um problema nacional, na capa do livro esta escrito “A epidemia do crack em Fortaleza” o fator do crack em Fortaleza esta muito agravante?

Preto Zezé: Sim, porque avisamos desde 2002, ninguém deu ouvido, agora o crack chegou ao asfalto, então vai ter uma repercussão, o que me preocupa e que quando isso ocorre do lado do asfalto é tragédia, na favela é apenas uma estatística. Mas os danos sociais do crack estão espalhados por toda a cidade!

FBHH: Já foi tomada alguma providencia no estado para que diminua esse sério vicio?

Preto Zezé: Ainda não, o poder público local não tem conhecimento, o que se tem e o básico para todas as outras drogas, capaz algumas vagas em hospitais, mas o crack carece de uma rede social onde estado, sociedade e empresários se envolvam, do contrario a selva de pedra vai crescer mais e mais!

FBHH: Como surgiu a idéia tanto de fazer o filme quanto o livro?

Preto Zezé: A idéia inicial era fazer um clipe de rap,quando vi as cenas vi que tínhamos por obrigação levar a fala dos usuários para a sociedade, para que eles também fossem ouvidos. O livro vem para trazer os bastidores que eu não pude colocar no filme, ainda tem um CD de rap coletânea que foi lançado primeiro.

FBHH: Depois de quanto tempo sem usar o crack ele ainda é detectado no organismo?

Preto Zezé: A desintoxicação física é rápida, no entanto a dependência psicológica é algo que temos que cuidar com mais cuidado e com um pouco mais de tempo. Aos indicadores de recuperação são de apenas 30%, falando de álcool, quando se refere ao crack não se tem dados, logo penso que esse percentual deve ser bem menor.

FBHH: Quais são os procedimentos que devemos ter se tivermos um dependente do crack na família?

Preto Zezé: Tentar o máximo resistir a tentação ou ao desespero de querer se livrar do nóia a força, ele só vai se internar se for convencido, e o acompanhar dia a dia para ele não se envolver com o trafico, pois pode ser fatal, pois ele vai se endividar e não vai poder pagar. E fazer o máximo para socialmente desenvolver outras formas de viagens.

Por Lívia Kriukas.

9 de mai. de 2010

Feliz Dia das Mães.






O Amor da mãe pode ser traduzido
em uma palavra: Doação.
Falar desse sentimento é entender que ele
é a mais completa forma de amor.

Um amor que se doa,
coloca em primeiro plano o bem-estar,
a segurança de um outro ser.
Impossível falar de mãe
sem falar da pureza de um amor,
que diante de todo o sofrimento disse Sim: Maria.

Uma mãe que,
como tantas mães em nosso país,
olha com lágrimas nos olhos o presente
e o futuro árduo do filho.

Talvez seja por isso que a mãe Maria
se expressa em cada olhar de mãe,
em cada gesto de doação da mulher.

No rosto de uma mulher que assume
a maternidade inteiramente,
mesmo diante de tudo o que há de vir,
há a presença iluminada de um lado vivo,
mas esquecido por todos,
homens e mulheres:
Alinhar ao centro
O AMOR!!!!

A CUFA Sinop deseja a todoas as mães negras,
indígenas, brancas, amarelas
pardas um maravilhoso dia.

5 de mai. de 2010

CUFA abre inscrições para oficinas.



A CUFA (Central Única das Favelas) de Sinop juntamente com a AEIOU (Associação Esportiva de Inclusão e Organização Unificada) através do Ponto de Cultura Juventude Sinopense Ativa deu inicio a oficina de break (dança de rua) sábado (1), mais ainda continuamos com as inscrições abertas ate o fim do mês de maio, para jovens de 6 a 17 anos de idade, vagas limitadas.
A oficina de break acontecerá todos os sábados das 14:30 as 16:00hrs com o B.boy Lagartixa.
A CUFA a partir de amanhã (5) estará disponibilizando novas inscrições para as oficinas de Teatro de Rua, Áudio e Vídeo e também de Capoeira.

As inscrições estarão sendo feitas na sede da CUFA nas dependências da Coordenadoria de Esportes do Ginásio São Cristóvão no bairro São Cristóvão.

Mais informações:

Lívia Kriukas (66) 9956-1066