Por: Lívia Kriukas
O Viradão Esportivo de Sinop, promovido pela CUFA (Central Única das Favelas) traz uma inovação. É a batalha do Break, é uma dança que surgiu depois do Funk. Nessa atividade é usada uma linguagem semelhante à da mímica, movimentos de acrobacia, ginástica olímpica, sempre aproveitando bem o corpo e o chão.
Em Sinop temos como destaque o B.Boy, Rafael Maciel de Alencar mais conhecido como B.Boy Lagartixa. Lagartixa está na organização do Viradão Esportivo. Dessa vez ficará nos bastidores da competição, hoje o B.Boy sinopense tem 24 anos e está cursando o 3° semestre de Educação Física.Lagartixa conheceu o Break no começo de 2006 através de membros da igreja da Sara Nossa Terra. “Eu me interessei e fui me aprofundando nas origem e em todo o contexto da dança”, conta o B.Boy. Lagartixa é conhecido por fazer manobras diversificadas, é ganhador de vários campeonatos de Break, colecionando um 1º lugar do estadual de Footwork, 2º lugar no Sul Americano e um estadual em dupla com o B.Boy Azedo.
Lagartixa ressalta que Sinop está crescendo e o Break também, porém segundo o praticante, falta incentivo. “Até mesmo em competições para representar a cidade é difícil conseguir patrocínio”, revela.
Hoje o Break ressurge muito parecido, como a sua versão inicial, nascida no final dos anos 70. Esse primeiro estilo ainda trabalhava os passos muito em cima dos malabarismos. Não deixa de ser interessante, especialmente porque os B.Boys (abreviação de Break Boys, pessoas que praticam o Break) mantém a tradição do início da cultura Hip Hop.
No princípio, a motivação do Break era defender, palmo a palmo, nas ruas, o espaço para a emancipação da cultura Hip Hop. Com o tempo, as lendárias batalhas ou "rachas" evoluíram para um estágio de desenvolvimento de conceitos diversos, que iam desde a compreensão dos difíceis passos da dança, até programas de recuperação de jovens viciados ou que viviam nas ruas. Quando a indústria cinematográfica resolveu mostrar o Hip Hop em filmes, mais uma vez, o Break cumpriu o seu papel, e milhões de jovens em todo o mundo, passaram a praticar em qualquer lugar possível.
O Break era a única forma de arte livre, e impossível de ser contido, por quem quer que fosse, pois tinha o apelo visual necessário para chamar a atenção das massas.Os movimentos intrincados, acrobáticos, mas altamente plásticos e harmônicos dos B-Boys começaram a buscar fãs e seguidores nas ruas.
Assim trazendo junto o Grafitti, com sua colorida expressão artístico-visual, e o Rap, a trilha sonora que completava o cenário. E foi assim que o Hip Hop começou a se fortalecer, pois era preciso algo que enchesse os olhos do público para atingir a popularidade.
Um comentário:
oi livia bacana essa parada da cufa e os eventos que vcs fazem acho muito legal espero um dia poder ir com vc a um desses shows com vc xau te adoro bjs pra vc minha linda
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